Saiba mais sobre tudo que rola no mundo da pecuária!
Publicado em 16/07/2018
Por: Equipe BrasilcomZ
Olá amigos produtores! Já estamos em julho, agora é lidar com a seca e nos prepararmos para a estação de monta 2018/2019.
No mês passado, participamos de alguns leilões de reprodutores, planejamos outros eventos para o segundo semestre e acompanhamos a publicação do TOP 100 Zebuínos 2018. Nessa edição, constatamos que 89% dos rebanhos participantes da pesquisa estão em pelo menos um programa de melhoramento. Com isso, se torna evidente o movimento de estruturação de grandes grupos com o objetivo de ofertar maior quantidade de reprodutores. Ou seja, se você é um pequeno produtor de touros, procure se planejar para não perder em competitividade com um setor que tende a ser cada vez mais exigente.
No país do futebol, muita coisa aconteceu nos últimos dias. Primeiro, a greve maluca dos caminhoneiros, que começou como um movimento legítimo da classe e que no desenrolar do tempo foi perdendo foco, dando oportunidade para interessados em desestabilizar o País – interesses políticos em ano de eleição. Essa greve mostrou o quanto o Governo está confuso e, também, o tamanho da fragilidade de infraestrutura em logística em um país de dimensões continentais e com malhas ferroviárias ínfimas. Aqui, prevalece a dependência do transporte rodoviário em estradas, muitas vezes precárias, ineficientes e com custos de manutenção altíssimos. É o custo “Brasil”. Por isso, além de produzirmos com eficiência, temos de nos mobilizar politicamente para mudarmos o futuro do País.
No tema malha rodoviária, acabo de retornar de uma viagem de 19 dias e, aproximadamente, cinco mil quilômetros percorridos. Saí de Jaboticabal/SP no dia 4 de junho para comentar um leilão virtual em Araçatuba/SP, com a companhia do zootecnista Guilherme Costa. Na manhã seguinte, partimos para a fazenda de um amigo em Nova Crixás/GO para conferir o resultado da bezerrada de touros selecionados pelo conceito Boi com Bula. De lá, fomos para Barra do Garças/MT para colaborar com o Leilão Nelore Jandaia, que aconteceu no dia 9 de junho. Após o evento, partimos para a fazenda de minha família em Gaúcha do Norte/MT com o objetivo de avaliar a desmama e sobreano de duas safras inteiras (trabalho gratificante e exercício muito interessante pela oportunidade de ver o resultado dos acasalamentos). Em seguida, no dia 17, nos unimos ao amigo boliviano Grover e fomos para a Nelore Grendene, onde encontramos o Fábio Ferreira (técnico ABCZ). Junto com a equipe da fazenda, realizamos o EPMURAS dos 1.000 touros que irão para o leilão de agosto – outro trabalho muito prazeroso. No dia 21, após trabalharmos até as 16h no curral, partimos para Cuiabá/MT para deixar o Grover em um hotel em frente ao aeroporto – meu amigo pegaria um voo para Guarulhos, e de lá para Santa Cruz/Bolívia. Seguimos viagem e dormimos em Rondonópolis/MT, com a expectativa de chegar mais cedo em casa no dia seguinte. Assim que encerramos um gostoso café da manhã no hotel, saímos para concluir os 1.007 quilômetros restantes entre MT, GO, MG e SP.
Até aqui a história parece tranquila, embora tenha ocorrido um vazamento de óleo pelo filtro do meu carro próximo a São Simão, na divisa de Goiás e Minas, e também por um simples detalhe que acabei omitindo. Todos os serviços de currais, leilões etc., além dos percalços mecânicos, fazem parte da rotina de um consultor que vive na estrada, mas, no dia 16 de junho, o destino me reservou uma experiência única. No pé de uma ponte entre a fazenda Jandaia e a cidade de Canarana/MT me envolvi em um acidente! Já era noite quando, após passar por um veículo no sentido contrário, me deparei de frente com outro carro. O espaço era mínimo, só consegui desviar e enfiar o pé no freio... Não evitei a colisão na lateral traseira de um carro, na sequência bati na lateral da ponte e quase fomos parar no rio a uns 15 ou 20 metros de altura. Nesse momento, alguns segundos pareceram uma eternidade, desde “ver a viola em caco” até a parada total da caminhonete com duas rodas da lateral direita para fora da ponte. Graças a Deus, eu e o Guilherme saímos sem nenhum arranhão, assim como o pai e a filhinha do carro com o qual colidimos. Depois de muita solidariedade do povo que parou para ajudar, colocamos a caminhonete da fazenda no guincho e seguimos com o Ademar, funcionário da Jandaia. Todo dia experimentamos algo diferente que acaba somando para o livro de nossa biografia. Contudo, não vivenciei até hoje somatória melhor do que os 133.461 quilômetros apontados no painel quando o GPS anunciou Jaboticabal, no dia 22.
Viva a vida! Vamos que vamos