Saiba mais sobre tudo que rola no mundo da pecuária!
Publicado em 14/06/2019
Por: Equipe BrasilcomZ
Olá, amigos do agro! Depois de trabalhar em mais uma Expozebu – desta vez, julgando os campeonatos tipo frigorífico – e acompanhar o lançamento do sumário da ANCP, caí na estrada novamente para finalização de provas de desempenho individual, o que inclui avaliações de EPMURAS pelo SAM (Sistema de Avaliação Morfológica) na safra 2017/2018.
A última viagem antes de escrever esta coluna no aeroporto de Congonhas foi para colaborar no fechamento da Prova de Performance de Touros a Campo do Acre, realizada na Nelovale, em parceria com BrasilcomZ e Embrapa, e com apoio da ABCZ e da ACNB. Na sequência, avaliamos toda a safra 2017/2018, trabalho que me trouxe experiências interessantes para escrever a coluna deste mês.
Na viagem iniciada em Rio Branco/AC, passamos pela pontinha de Rondônia, onde paramos rapidamente em uma propriedade do grupo Nelovale para pegarmos vacinas e vermífugos. De lá, partirmos para trabalhar por três dias no estado do Amazonas, em fazenda de cria e recria de fêmeas. Além de andar pelo pasto e avaliar o gado no curral, as histórias relatadas por meus anfitriões, Fernando e Elisângela Teixeira, que moram e produzem
na região há mais de 15 anos, me propiciaram conhecer um pouco mais dos sistemas de produção e economia no bioma Amazônia.
Ficou muito clara a importância econômica da produção bovina nas terras por onde andei, mas, devido à polêmica da preservação ambiental na região, é necessário entrar no conceito de sustentabilidade a partir do papel que a atividade pecuária representa para o País.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o Brasil encerrou 2018 com um recorde no volume de carne bovina exportada, com um total de 1,64 milhão de toneladas embarcadas. Em receita, o valor alcançou US$ 6,57 bilhões. Trata-se do maior volume já alcançado entre todos os países exportadores, o que consolida ainda mais a liderança do País nesse segmento.
O conceito de sustentabilidade, de acordo com a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, destaca a união da prosperidade com o estado de saúde ambiental e o bem-estar coletivo da sociedade (Fonte WWF Brasil), portanto, deve ter a capacidade de integrar as questões sociais, econômicas e ambientais.
Os três estados por onde passei são habitados por 3,22% da população brasileira, de acordo com o IBGE. Na pecuária, participam em 8,39% do rebanho nacional, o que representa mais de 18 milhões de cabeças – liderados por RO. Eficientes na produção agropecuária, ocupam uma área que representa apenas cerca de 5% do total das áreas destinadas à pecuária no Brasil.
Vale ressaltar que, dos estados abordados na coluna, AM registra a maior população humana, e é o menor rebanho entre os três, ou seja, depende da produção de carne do AC e de RO para alimentar a população e preservar a floresta.
O Brasil, em 2018, atingiu R$ 6,83 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, o PIB da pecuária somou R$ 597,22 bilhões, o que representa 8,7% de sua participação no PIB total brasileiro.
Para distribuir riquezas, é preciso gerar riqueza, então a sustentabilidade e a qualidade de vida da população do Norte também dependem de se produzir. É muito fácil atacar o produtor rural do Norte tomando um vinho chique e comendo um bom bife – ou uma salada de grife – em um restaurante gourmet de Brasília, de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Antes, deve-se enxergar que o Brasil possui a mais severa legislação ambiental comparada com outras nações, é o país de maior preservação no cenário mundial e que os moradores daquela região também querem usufruir de desenvolvimento, bem-estar e qualidade de vida.
O meio ambiente tem de andar de mãos dadas com a produção, e esta precisa ser embasada pela tecnologia certa e sustentável – isso que buscamos com a Zootecnia.
Lembramos que sustentabilidade passa pelo tripé ecológico, social e econômico. Se o ser humano não buscasse evolução, bem-estar, desenvolvimento e qualidade de vida por meio da ciência e da tecnologia, ainda existiriam pessoas morando dentro de uma caverna.
É isso aí, vamos que vamos!